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COMO PRESERVAR A SAÚDE EMOCIONAL DOS IDOSOS

Covid 19, Dicas do Especialista

Como preservar a saúde emocional dos mais velhos no período de isolamento

Nunca se falou tanto da importância em manter o equilíbrio mental, como neste ano de 2020. Atualmente, como estamos vivendo um período excepcional em nosso planeta: a pandemia de um inimigo invisível que assola toda a Terra e que a única prescrição aceita é o isolamento social, quebrando assim vínculos de convivência social.

Independente da faixa etária, todos nós buscamos acolhimento, amor e carinho. Um ambiente saudável, alegre e criativo estimula tanto cognitiva como afetivamente o relacionamento entre pessoas, e proporciona maior qualidade emocional em nossas vidas.

Com os mais velhos, essa necessidade não é diferente, pelo contrário, é preciso ser mantida e bem avaliada.

O processo de envelhecimento traz, por um lado, a oportunidade de extensão da convivência e, por outro, diversas limitações e perdas. Com o tempo, as dificuldades físicas aparecem e comprometem a locomoção e o equilíbrio, bem como e impactos na audição, memória e visão, dificuldades de locomoção e equilíbrio, entre outras. O convívio social também vai diminuindo aos poucos. Todas essas mudanças contribuem para deixar os idosos mais isolados e inseguros em relação ao mundo a sua volta.

Para o idoso este processo de quebrar vínculos de convivência social, que já dura mais de seis meses, acaba sendo ainda mais desafiador. Além do isolamento social, alterações em seus círculos familiares com o afastamento de entes queridos e o fato de ser incluído no grupo de risco, propenso à contaminação do vírus, somam-se as suas rotinas, novos hábitos como o uso de máscaras, lavar diversas vezes as mãos com álcool, etc. Tudo num ritmo de acontecimentos extremamente acelerado, ampliado por alertas permanentes nos meios de comunicação.

Num piscar de olhos, o que era bom passou a ser considerado ruim: conviver, festejar datas e eventos em família ou amigos, idas ao teatro ou cinema, tornaram-se atividades de risco.

Tudo isto nos leva a uma reflexão: O que pode ser feito para evitar que os mais velhos adoeçam – não apenas da COVID mas de outros fatores subjacentes como depressão, alienação, isolamento e entristecimento?

O Froien Farain está vivendo intensamente este grave período e nossa recomendação é que os “medicamentos” mais eficientes sejam: Estimulo e Atenção, com carinho!

Algumas recomendações importantes:

– A família deve tentar estabelecer rotina de contatos frequentes, através de conversas por telefone ou chamadas de vídeo. Dependendo da situação do idoso, pode-se considerar visitas observando recomendações de proteção e distanciamento físico;

– Ao conversar, lembrar que o idoso tem déficit auditivo e a máscara dificulta a saída do som e eles perdem a leitura labial:

– Demonstrar seu carinho em palavras pois as máscaras impedem que o idoso perceba seu sorriso e sua expressão facial;

– Explicar com calma como eles devem proceder para se protegerem, lembrando que têm dificuldades cognitivas e de memória, que foram agravadas com o isolamento;

– Considerar que o “Novo Normal”, baseado em relações virtuais, é muito estranho para o processo mental do idoso. Todas essas recomendações devem ser sempre lembradas pois são facilmente esquecidas;

– Manter a rotina (acordar, manter a higiene, trocar de roupa, manter os horários das refeições, alimentação nutritiva, hidratar, pegar sol);

– Manter uma rotina de exercícios físicos e retomando os hábitos normais de cuidados físicos como fisioterapia, desde que seja feita sem a necessidade de sair de casa;

– Limitar o tempo de assistir noticiários e mídias sociais (atenção às fake News) direcionando seus interesses para atividades culturais, dentro do gosto normal do indivíduo;

– Motivar ações Inter geracionais, à distância, com destaque no ensino do uso da tecnologia, criando um ambiente fértil em troca de conhecimento dos mais jovens para os mais velhos.

– O uso de aplicativos como o TeamViewer, que permite o acesso remoto aos dispositivos eletrônicos, pode ser de grande utilidade neste processo de educação e apoio ao uso de tecnologia digital.

– Utilizar conteúdos disponíveis em mídias sociais para a realização de diversas atividades, por exemplo: estimulação cognitiva, Origami, filmes, shows de música e Lives de todos os tipos.

– Estimular cuidados com a aparência, recomendando que nas ligações por vídeo o idoso apure sua aparência, indicando com comentários elogiosos e com críticas bem humoradas o seu estado físico e imagem.

 

É importante ressaltar que o isolamento pode provocar sintomas depressivos, ansiedade, alterações no sono e o risco para evolução da demência. Sendo assim, o familiar deve estar muito atento para o comportamento dos mais velhos e, observando alguma alteração deve, imediatamente, procurar o médico responsável para tomar as providencias necessárias.