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Alzheimer: mitos e verdades

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O dia 21 de setembro foi instituído como o Dia Mundial da Doença de Alzheimer. Para a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), a data é uma oportunidade para sensibilizar a população, as entidades públicas e privadas de saúde, bem como os profissionais da área, para essa doença que acomete mais de 1,2 milhão de brasileiros.

O Bem Estar tem uma equipe especializada em cuidados com idosos portadores de Alzheimer e outras demências. São profissionais com experiência no cuidado, acompanhamento, monitoramento ou na assistência às necessidades de saúde de idosos com capacidade funcional comprometida.

Embora muito se fale sobre Alzheimer, o assunto ainda gera grandes incertezas e por isso resolvemos esclarecer com o geriatra do Bem Estar, Dr. Davis Taublib, 11 mitos e verdades acerca dessa doença.

1. Alzheimer é uma doença exclusivamente neurológica?

Mito.

O Alzheimer pode ser considerado uma enfermidade multisistêmica, composta de sintomas cognitivos, alterações comportamentais, como agitação, deambulação, apatia, depressão. Além disso, com o avançar da doença o paciente evolui com dificuldades para se locomover, alimentar-se, conversar, além de complicações infeciosas, respiratórias etc. O paciente deve ser acompanhado por uma abordagem inter e multidisciplinar sendo que cabe ao médico atuar na coordenação desta equipe que inclui a participação de psiquiatra, terapeuta ocupacional, fisioterapeutas, enfermeiros, nutricionista, psicólogos, fonoaudiólogos e etc.

2. O primeiro sintoma é a perda de memória?

Mito.

O esquecimento é o sintoma mais comum, porém, não é necessariamente o primeiro.

É comum os portadores da doença apresentarem outros sinais como dificuldade para realizar tarefas cotidianas, alterações comportamentais, instabilidade emocional e baixa concentração já que primeiramente o Alzheimer acomete a porção do cérebro responsável pela linguagem, raciocínio e, também, pela da memória.

É muito comum abrir o quadro com Depressão.

3. O Alzheimer atinge apenas idosos?

Mito.

Embora atinja mais os idosos, é possível que pessoas com menos de 65 anos apresentem a Doença de Alzheimer de Início Precoce (Daip). Os casos são raros e possuem, na maioria das vezes, um fator hereditário, relacionado à ausência do alelo de risco APOE ɛ4 da Doença de Alzheimer. A doença de início precoce corresponde a 10% dos diagnósticos e é caracterizada por apresentações atípicas e declínio mais acelerado.

4. Esquecimento significa ter Alzheimer?

Mito.

É comum na terceira idade as pessoas esquecerem nomes, compromissos… mas isso não significa que a pessoa tenha a patologia. Nos casos da doença, os esquecimentos são mais severos e frequentes, dificultando o registro de novas informações. Um sintoma comum no estágio inicial da doença é o paciente fazer a mesma pergunta repetidamente. No Alzheimer os esquecimentos afetam a funcionalidade da pessoa. Ela não consegue realizar tarefas cotidianas, como funções que realiza há anos no trabalho ou preparar um prato que sempre fez e que conhece a receita de cabeça.

No início é comum a não aceitação do diagnóstico, e isso pode gerar retardo nas decisões terapêuticas e a perda da melhor janela terapêutica para o paciente.

5. Alzheimer não tem cura?

Verdade.

Infelizmente não há cura para a doença, mas existem tratamentos capazes de retardar a evolução, amenizar os sintomas e, principalmente, melhorar a qualidade de vida dos pacientes e das pessoas que cuidam deles.

6. Existem remédios para o Alzheimer?

Verdade.

Atualmente existem medicamentos que melhoram os sintomas cognitivos, comportamentais e funcionais. Entre eles estão os inibidores da cetilcolinestinesterase, indicados para tratar a enfermidade em grau leve a moderado.

7. Jogos são benéficos no tratamento do Alzheimer

Mito.

Jogos como memória, quebra-cabeça e palavras-cruzadas exercitam o cérebro, mantendo a cognição e o raciocínio ativos. Além disso, engajam as estruturas cerebrais e contribuem na organização e planejamento. Podem atuar no que denominamos de neuroplasticidade.

É difícil definir cientificamente se existe relação benéfica na terapêutica, permanece uma questão em aberto.

8. A alimentação ajuda a prevenir a doença?

Mito.

Muitos são os possíveis fatores envolvidos no desenvolvimento do Alzheimer, existem pesquisas nas quais alimentos ricos em ômega 3 ajudariam na prevenção da doença, diminuindo o acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro, ajudando a evitar o surgimento e a progressão da doença, mas ainda não existe conclusão científica para tal.

9. Mulheres têm mais chances de ter Alzheimer?

Verdade.

Embora a causa seja desconhecida, estatisticamente a doença é mais comum entre as mulheres.

10. É possível prevenir o Alzheimer?

Infelizmente mito.

11. É verdade que conseguimos cuidar de nosso familiar com Alzheimer em casa?

Mito e verdade.

No início da doença é mais fácil, mas com o avanço da patologia nem todas as famílias possuem as estruturas física, emocional e financeira necessárias, além de tempo necessário para se dedicar ao familiar.

Se você ou seu familiar sofrem de Alzheimer e estão em busca de um lar de idosos especializado no cuidado de demências, com atividades diárias de estímulo cognitivo, alimentação adequada, acompanhamento 24hs com o foco na qualidade de vida de seus moradores, marque uma visita e venha conhecer o Bem Estar.