A terapia fonoaudiológica é muito importante no cuidado da saúde do idoso. A Fonoaudiologia abrange diversas especialidades, uma delas é a disfagia.
A disfagia impede uma ingestão segura, eficiente e confortável de saliva, líquidos e alimentos em geral. Pode ocorrer em diversas faixas etárias e causar quadros de desnutrição, desidratação, pneumonias aspirativas e outras complicações. No entanto, esta complicação é mais comum em idosos, pacientes com doenças neurológicas ou que sofreram algum trauma na boca ou garganta.
Este distúrbio pode ser causado por diversas doenças, como: AVE (Acidente Vascular Encefálico), Parkinson, Alzheimer, entre outros, como também em função do processo de envelhecimento.
Nossos residentes passam por uma triagem para identificar possíveis dificuldades de deglutição e então, se necessário, é feita uma avaliação mais ampla pela fonoaudióloga da casa, Bruna Mota.
Em alguns casos, o gerenciamento fonoaudiológico é essencial, indicando uma consistência alimentar segura, realizando exercícios que reabilitem ou compensem as dificuldades de deglutição, orientando familiares e cuidadores quanto aos cuidados com a pessoa disfágica, sempre trabalhando em parceria com as equipes de nutrição, enfermagem e médica para oferecer uma melhor qualidade de vida para os nossos residentes.
Para que você saiba mais sobre os cuidados com a Disfagia dos residentes do Froien Farain, Bruna esclarece algumas dúvidas na entrevista a seguir:
Quais os sintomas que justificariam a terapia fonoaudiológica?
BM: Os sinais e sintomas mais comuns da disfagia são dificuldade de mastigação, ausência ou dificuldade de deglutição, comida parada na boca ou na faringe, regurgitação nasal (saída do alimento pelo nariz), tosses ou engasgos, recusa alimentar, perda de peso, entre outros.
Como é feita a avaliação na triagem dos residentes do FF?
BM: A triagem é feita pela equipe de nutrição ou através do encaminhamento médico.
Com que frequência essas terapias são realizadas nos idosos que apresentam problemas de deglutição aqui no Froien Farain?
BM: A frequência da terapia é avaliada caso a caso, mas de uma forma geral, os atendimentos ocorrem de 2 a 3 vezes por semana.
Quais exercícios você costuma realizar ou recomendar no tratamento de problemas com deglutição?
BM: A terapia envolve exercícios respiratórios, musculares e vocais, sempre associados às funções (respiração, voz/fala e deglutição) para que faça sentido para o paciente, além de manobras facilitadoras para a deglutição.
Além de cuidados com a deglutição dos residentes, você realiza alguma outra atividade, dentro da fonoaudiologia, que ajude na reabilitação cognitiva dos residentes?
BM: É impossível dissociar a cognição das demais funções, como a deglutição e a fala, por exemplo. Principalmente nos casos de declínio cognitivo ou de demência, o objetivo é conseguir um melhor potencial físico, mental e social do indivíduo, dando maior autonomia e qualidade de vida. Estes estímulos devem levar em consideração a história de vida de cada indivíduo e podem ser feitos através de jogos, música, leitura, entre outros.