Mestre em Fonoaudiologia e especialista em fonoaudiologia hospitalar, Bruna Mota Rodrigues já atuou em instituições renomadas como o Hospital Copa D’or, Samaritano e Vitória. Desde 2010 ela é fonoaudióloga no Froien Farain e atende idosos com doenças de base neurológica, que acometem as funções de deglutição, voz, fala e linguagem, na instituição ou em home care. Bruna conduz, semanalmente, a oficina de estimulação cognitiva com os residentes e também realiza a triagem, avaliação e, quando possível, o tratamento dos residentes com distúrbios de deglutição ou comunicação.
A fonoaudiologia é fundamental no trabalho com a pessoa idosa e, desde 2015, teve a gerontologia como especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia, por meio da CFFa nº463. A presença do fonoaudiólogo é fundamental para cuidar da prevenção e reabilitação dos distúrbios nas áreas de linguagem, fala, audição, voz ou deglutição, além de orientar da equipe profissional e da família responsável pela assistência ao idoso.
Segundo Bruna, para que esse tipo de abordagem tenha sucesso é necessário implementar um trabalho em equipe que tenha uma visão holística do indivíduo que está sendo tratado e, nesse contexto, o trabalho interdisciplinar é extremamente importante.
No Froien Farain nós temos um time bastante coeso e eu tenho o prazer de representar a fonoaudiologia! – conta a profissional.
Recentemente, como parte do programa de treinamento e capacitação profissional continuada que a instituição vem desenvolvendo, Bruna ministrou dois cursos para cuidadores, técnicos de enfermagem e enfermeiros da Casa: a capacitação em higiene oral e aspiração em vias aéreas.
A capacitação em Higiene Oral teve um enfoque fonoaudiológico. Segundo Bruna, vários trabalhos mostram que as infecções provocadas pela má-higienização da boca podem agravar a saúde geral do paciente, que já está comprometida, ou favorecer o aparecimento de novas doenças, como a pneumonia de aspiração.
O fonoaudiólogo está diretamente relacionado ao gerenciamento da Higiene Oral, uma vez que os pacientes disfágicos (com distúrbios de deglutição) apresentam risco de aspirar secreções contaminadas da boca que entram no pulmão. Diante desse cenário é importante despertar esse olhar global em nossos cuidadores e técnicos, que são responsáveis pela higiene oral diária dos residentes.
Outra capacitação feita mais recentemente foi o de “Aspiração de Vias Aéreas”, direcionado para técnicos e enfermeiros. Neste programa foram abordados aspectos técnicos sobre aspiração de vias aéreas, tornando os profissionais aptos para o seu manejo e orientando sobre os eventos adversos ao procedimento.